E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)





sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Da velha janela...

Certa ocasião, em um lugar tão tradicional quanto as velhas árvores que o rodeavam, um jovem começou a reparar pela janela de sua antiga casa, as pessoas que passavam por ali.
Notou que recentemente, certo estrangeiro esboçava um caminho cotidiano em frente seu lar. 
Tal homem lhe chamou a atenção pelos comentários que circundavam a cidade sobre a reputação deste sujeito.
Assassino, corrupto, gerador de intrigas, diziam as vozes do velho povoado. 
Não houve então um só dia que o estranho passasse desapercebido aos olhos já raivosos do jovem. "Se é mau, não deveria estar por aí perambulando",  pensava ele.
A fixação foi tanta que o próprio jovem já queria dar cabo da vida do estrangeiro, até que um dia ele não se conteve e da janela de sua casa praguejou contra o homem.
"Com tanta maldade sobre seus ombros você deveria estar preso e não andando por aí solto no meio de gente que zela pela boa moral!"
O estrangeiro então olhou para o jovem e lhe disse:
"Está dada a sentença! Você se prendeu tanto as antigas tradições morais de seu ambiente que foi incapaz de notar que sua janela é seu espelho e, eu, apesar de ser estranho aos seus olhos, nasci de sua própria interpretação da vida. Não se espante! Assassino, corrupto, gerador de intrigas é tudo aquilo que existe com certo potencial dentro de você mesmo!"
O estado do jovem foi de choque. Algo precisava mudar...

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