E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)





quinta-feira, 8 de abril de 2010

Só pela Graça

Como é inescrutável e incomensurável a Graça de Deus, de modo que nos tornamos tão pequeninos diante do Eterno!!! Ele é!!
E como agradá-lo? Não agrade.
Com santificação exclusiva a Ele? Não tentes.
Mas então o que fazer? Nada. Tetelestai!!! (Está consumado)
Mas ainda assim, em nós bate aquela sensação horrível de débito para com Deus, porque em nossa mente religiosa impregnada do cristianismo estatal de Constantino, não foi ensinado o evangelho da Graça.
Ao contrário, como ensinam as igrejas, representantes desse cristianismo, DEVEMOS e TEMOS que viver o tempo todo agradando a Deus, nos santificando para Ele e nos separando para Ele, mesmo que implique em nos separar também do próximo a quem Ele disse que amássemos.
E no dever/ter da obrigação, do medo e da barganha, começamos trilhar o caminho da auto- justificação dizendo a nós mesmos: "Porque Deus fez por mim, em gratidão EU VOU FAZER por Ele, de maneira que assim EU O AGRADE, e tenha sua benção".
Entramos num processo neurótico de mutabilidade, tornando-nos menos humanos e mais deuses, "santos do pau oco" e através de comportamentos morais, nos "santificamos" para Deus, porque ele me capacita, mas EU "boto para quebrar"!!
O caminho da justificação própria anula completamente o escândalo da cruz, nos fazendo cegos suficientes, para acreditarmos que a fé é minha, e por isso eu sou um homem de fé, e não da fé, que o dom é meu, que a santidade foi adquirida por mim e que de fato eu me tornei um super-herói, o super idiota. Religiosamente corretos, politicamente morais, como os ímpios do tempo de Cristo, contra quem Ele insistentemente combateu.
Volto-me para cruz de Cristo e não tenho palavras para agradecê-lo diante de tal perplexidade que me vem a existência. Como é TUDO o Amor de Deus!!! Quão infinita a sua Graça, de tal forma que TUDO é Graça!!! TUDO É GRAÇA!!!!
Não tenho que agradar a Deus, Cristo já o fez por mim, e hoje vivo, não pela lei, mesmo a da moral, mas pela Graça que se expande em meu ser de tal sorte que me inunda de alegria, paz, justiça (não a minha, mas a Dele), amor pelo próximo, santificado por Ele, certo de que todas as coisas (boas ou más) cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Está consumado! Qual ciência é capaz de compreender tudo isso?! Sola Gratia!

Higor Diniz

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