E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)





sexta-feira, 9 de abril de 2010

2010. Ano da ira da natureza. E você? O que faz.

2010 parece ser definitivamente o ano das catástrofes naturais. É como se a Terra houvesse chegado em seu limiar de dores, provocadas pelas mazelas humanas, e agora, derrama sobre nós o cálice de sua ira.



O impressionante é ver que tais avisos têm um impacto tão grande na vida de milhares, talvez milhões, de pessoas, e nas autoridades, com sua “impermeabilidade” há de fato muito pouco impacto.


O fórum de Copenhagem deixou claro que para os governantes o mais importante é quanto o seu respectivo país deixará de lucrar com programas ambientais e redução de gases prejudiciais à atmosfera. O barco afundando e eles “negociando” lugares nos botes.


Exemplo disto vem daqui mesmo, de nosso país que critica com veemência, na figura de nosso presidente, os países desenvolvidos que acabaram com seus recursos naturais, principalmente através do desmatamento, enquanto ele, e nós, comemoramos o pré-sal. Celebramos a sustentabilidade de nosso desenvolvimento através do desenvolvimento gradual de nossa morte.


Assim, diante de um quadro tão triste de se ver, convido você a não esperar pelos que estão no poder. Vamos começar a fazer escolhas que contribuem com a sustentabilidade de nossos recursos. Desde um simples apagar de luzes que porventura não estejam sendo utilizadas, uma manutenção em uma torneira com vazamento, até as que exigem de nós uma reeducação como, por exemplo, a separação de nosso lixo.


Isso sem contar na ajuda às pessoas que têm sofrido com tais catástrofes. Haiti, Chile, Rio, São Paulo, talvez aí, ao seu lado. Basta perceber e agir. Gestos muitos simples nessas horas valem muito mais do que se imagina.


Fica o convite. Pense, e se entender que deve, aja.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Só pela Graça

Como é inescrutável e incomensurável a Graça de Deus, de modo que nos tornamos tão pequeninos diante do Eterno!!! Ele é!!
E como agradá-lo? Não agrade.
Com santificação exclusiva a Ele? Não tentes.
Mas então o que fazer? Nada. Tetelestai!!! (Está consumado)
Mas ainda assim, em nós bate aquela sensação horrível de débito para com Deus, porque em nossa mente religiosa impregnada do cristianismo estatal de Constantino, não foi ensinado o evangelho da Graça.
Ao contrário, como ensinam as igrejas, representantes desse cristianismo, DEVEMOS e TEMOS que viver o tempo todo agradando a Deus, nos santificando para Ele e nos separando para Ele, mesmo que implique em nos separar também do próximo a quem Ele disse que amássemos.
E no dever/ter da obrigação, do medo e da barganha, começamos trilhar o caminho da auto- justificação dizendo a nós mesmos: "Porque Deus fez por mim, em gratidão EU VOU FAZER por Ele, de maneira que assim EU O AGRADE, e tenha sua benção".
Entramos num processo neurótico de mutabilidade, tornando-nos menos humanos e mais deuses, "santos do pau oco" e através de comportamentos morais, nos "santificamos" para Deus, porque ele me capacita, mas EU "boto para quebrar"!!
O caminho da justificação própria anula completamente o escândalo da cruz, nos fazendo cegos suficientes, para acreditarmos que a fé é minha, e por isso eu sou um homem de fé, e não da fé, que o dom é meu, que a santidade foi adquirida por mim e que de fato eu me tornei um super-herói, o super idiota. Religiosamente corretos, politicamente morais, como os ímpios do tempo de Cristo, contra quem Ele insistentemente combateu.
Volto-me para cruz de Cristo e não tenho palavras para agradecê-lo diante de tal perplexidade que me vem a existência. Como é TUDO o Amor de Deus!!! Quão infinita a sua Graça, de tal forma que TUDO é Graça!!! TUDO É GRAÇA!!!!
Não tenho que agradar a Deus, Cristo já o fez por mim, e hoje vivo, não pela lei, mesmo a da moral, mas pela Graça que se expande em meu ser de tal sorte que me inunda de alegria, paz, justiça (não a minha, mas a Dele), amor pelo próximo, santificado por Ele, certo de que todas as coisas (boas ou más) cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Está consumado! Qual ciência é capaz de compreender tudo isso?! Sola Gratia!

Higor Diniz

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mudança de percepções e olhares

Mudar! Essa talvez é uma das palavras mais difíceis de se considerar. Mudança exige esforço, empenho, dedicação, mente aberta, reflexão, enfim, posturas que atingem em cheio nossas lógicas de vida.
Lógicas essas que, no decorrer dos anos, vamos adquirindo com os olhares emprestados do mundo que nos rodeia, e que via de regra, nos engessa. Tornamo-nos seres complexos e cheios de certezas sobre nossas complexidades, que vieram dos olhares emprestados e que agora chamamos de nosso olhar, nosso direito, nossa bandeira. 
Digo isso porque, nessa mudança de estação minha filha completa mais um ano, e, olhando seu jeito de "encarar a vida", com simplicidade e alegria, tenho aprendido mais do que qualquer sala de aula. Ela é instrumento da Verdade dita contra mim, para meu favor, o tempo todo.
Hoje eu entendo que considerar a vida com toda a simplicidade e valorizando as coisas pequeninas, que na maioria das vezes nos é imperceptível, é a mudança fundamental para seguir nesta existência como uma árvore de raízes profundas.
Assim tenho aprendido com o Pai, através dela. Assim quero continuar. Sem moldes, sem fôrmas, apenas fazendo da vida um altar de gratidão a Deus.
Feliz aniversário filha!! Dois anos que me fazem sentir e tocar a Eternidade, todos os dias.
Outono de 2010.

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