E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)





quinta-feira, 26 de maio de 2011

Entre lá e cá


Tudo, que não passa de um simples vazio.
Compreendo que tudo não passa de uma enorme vastidão que não se comunica com meu eu. E como poderia? Olho a volta e enxergo impossibilidades alcançáveis das quais não estão ao alcance de ninguém. Não sei se por preguiça ou anestesia. E quem se importa? Para mim, a solidão e o silêncio têm sido melhores do que muito do que já vivi. São confortantes, e por incrível que pareça, nada tem a ver com presença de gente ao redor. É simplesmente um estado de desconexão, um mergulho no nada, e de lá, do invisível, tudo vêm à vida.
A única questão a saber é se, de fato, vale a pena voltar. Poucas coisas valem a pena fora da ilha, e mesmo assim com o tempo elas se vão, e o que fica são apenas memórias.
Meu ensaio é sobre um momento, que, apesar de já ser, não consigo tocá-lo, por isso coleciono memorias todos os dias daquilo, que, de fato é meu único elo entre o vasto e o singular.

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