No auge da adolescência meus destinos favoritos eram os lugares de badalação. O tempo foi passando e minhas preferências mudando. Passei a apreciar os interiores onde a vida passava de maneira calma e simples. Havia algo que me chamava a atenção neste way of life. De lá, de casa, ficava eu imaginando a vida do lado de lá dos limites do conhecido.
O tempo passou. A vida te obriga a crescer, rever conceitos, mudar direções, observar, enfim ponderar sobre tudo e enfim, seguir caminhando. Assim eu fiz. Até que um dia a oportunidade de viver no interior, longe de casa veio. No início uma euforia juvenil com toda a novidade. Depois as observações e ponderações.
Hoje entendo que desde o início queria era conhecer o interior do meu interior. As geografias físicas eram apenas representações daquilo que almejava no coração e na alma, para meu coração e alma.
Aprendi muito. Estou conhecendo muita coisa. Enfiando os pés e a face na minha escuridão e procurando chamar à luz muita coisa feia que vejo por lá.
Aprendi também como é difícil a vida longe dos laços familiares. Sei que mesmo assim é necessário continuar a caminhada e fazer o melhor a cada dia. Um leão por dia. Hoje sei quão boa é a sensação de voltar para casa, para o lar.
Com isso, sempre me pego fazendo analogias de meu cotidiano com a vida daqueles que esperam pela morada definitiva. A Casa do Pai.
Eu também espero, e hoje sei como é doce a sensação de se saber que há um lugar te esperando após uma jornada.
Gosto da jornada e me delicio com ela, mas minha cabeça definitivamente está no que há de vir, na volta para casa. A Casa de meu Pai.
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