E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)





domingo, 30 de janeiro de 2011

QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...?

Psicologia 1959 x 2010

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.
Ano 2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com trastornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no trazeiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
Ano 2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.

Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.
Ano 2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

Cenário 4: Disciplina escolar
Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.
Ano 2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo . Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

Cenário 5: Horário de Verão.
Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
Ano 2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.

Cenário 6: Fim das férias.
Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
Ano 2010: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborréia...

Pergunto eu ...

QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...?

Extraído do PavaBlog

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Muitas perguntas, algumas certezas. Talvez!


Haverá luz sem sombra? 
Lei sem crime?
Ou certo sem errado?
Ou mesmo paz sem enfrentamentos?

Haverá evolução sem destruição?
Descobrimentos sem sacrifícios?
Ou encobrimentos sem corrupção?
Ou mesmo a ética sem a moral?

Haverá vida sem morte?
Ameaça sem medo?
Ou coragem sem ameaça?
Ou mesmo vida sem medo?

Haverá ainda muitas perguntas?
Perguntas sem respostas?
Ou respostas sem opiniões?
Ou mesmo opiniões sem perguntas?

Sim, haverá muito a se conhecer.
Mesmo que se conheça sem saber.
Paradoxos sempre.
Razões, no coração. 
Mas no coração, a razão não suporta.
Então, que o paradoxo reine, nas razões que só é possível racionalizar nos ambientes irracionais.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O retorno ao lar

 
Desde garoto eu sempre quis viver em outros lugares que não fosse minha terra natal. 
No auge da adolescência meus destinos favoritos eram os lugares de badalação. O tempo foi passando e minhas preferências mudando. Passei a apreciar os interiores onde a vida passava de maneira calma e simples. Havia algo que me chamava a atenção neste way of life. De lá, de casa, ficava eu imaginando a vida do lado de lá dos limites do conhecido.
O tempo passou. A vida te obriga a crescer, rever conceitos, mudar direções, observar, enfim ponderar sobre tudo e enfim, seguir caminhando. Assim eu fiz. Até que um dia a oportunidade de viver no interior, longe de casa veio. No início uma euforia juvenil com toda a novidade. Depois as observações e ponderações.
Hoje entendo que desde o início queria era conhecer o interior do meu interior. As geografias físicas eram apenas representações daquilo que almejava no coração e na alma, para meu coração e alma.
Aprendi muito. Estou conhecendo muita coisa. Enfiando os pés e a face na minha escuridão e procurando chamar à luz muita coisa feia que vejo por lá.
Aprendi também como é difícil a vida longe dos laços familiares. Sei que mesmo assim é necessário continuar a caminhada e fazer o melhor a cada dia. Um leão por dia. Hoje sei quão boa é a sensação de voltar para casa, para o lar. 
Com isso, sempre me pego fazendo analogias de meu cotidiano com a vida daqueles que esperam pela morada definitiva. A Casa do Pai. 
Eu também espero, e hoje sei como é doce a sensação de se saber que há um lugar te esperando após uma jornada.
Gosto da jornada e me delicio com ela, mas minha cabeça definitivamente está no que há de vir, na volta para casa. A Casa de meu Pai.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Passo a passo



Forte é aquele que conhece suas fraquezas e, apesar delas, não se detém.
Corajoso é quem, reconhecendo seus medos, enfrenta-os sabendo que a maioria deles não tem razão de existir.
Sabedoria é a capacidade de simplificar o que parece intocável, o discernimento do que faz bem e o que não faz.
Consciência é saber o valor de cada coisa, colocando-as sempre no lugar quem devem estar.
Humilde é quem reconhece seus limites sem se impressionar com suas virtudes.
Felicidade é um estado de espírito que, ainda que as coisas não estejam boas, não permite que percamos a confiança.
Confiança é a certeza de que tudo o que acontece pode ser usado para o bem. – nosso e do próximo.
Poder não é a capacidade de fazer coisas grandiosas, mas de ser grandioso nas pequenas coisas.
Se a gente andar por aqui sabendo que nenhuma coisa carrega nenhum tipo de valor a não ser que queiramos, que os siginficados são dados  por nós e que o mundo de fora reflete nosso coração, começaremos a experimentar um outro nível de consciência.
Quando deixarmos de nos impressionar com luzes e sons, descobriremos a sabedoria do silêncio e as lições contidas em cada experiência.
O dia em que entendermos que religião é só uma insituição que tenta sistematizar e conter o que não se contém, descobriremos que igreja não é prédio cheio de gente, mas gente cheia de Deus.
Que nossos passos sejam guiados pela confiança e nossas certezas criem raizes no que é bom, sabendo que, mais do que o destino, vale o caminho.
É caminhando que você vê as paisagens e vive o dia chamado hoje.
A caminhada da paz só acontece dentro de você.
Andando por esse caminho, as coisas do lado de fora serão apenas contingencias momentaneas e o caminho de todo dia será feito em alegria.

Extraído de http://flaviosiqueira.com/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

DEUS É! — E AÍ? - Por Caio Fábio

A frase “Deus é”, diz tudo. Eu uso muito essa frase por absoluta convicção de que, acerca de Deus, não há outro modo melhor de “dizê-Lo”.
Que tenho eu a dizer acerca de Deus, se não que Ele é?
Quando eu era mais jovem ficava lendo as teologias sistemáticas e as dogmáticas e me perguntava: Por que será que eles perdem todo esse tempo falando de Deus ao invés de refletir sobre o homem?
Isto porque, para mim, desde a infância na fé, Deus jamais poderia ou poderá ser objeto de estudo. Deus é para ser conhecido, jamais explicado. Pois no dia em que melhor se o explica, nesse mesmo dia mais se o desconhece.
Ora, o estranho é que quanto mais Ele se revela a você—em você—, menos você tenta explicá-lo, e mais você o conhece.
Parece para mim que toda tentativa de explicar Deus revela a nossa ignorância sobre Deus. Esse “Deus objeto de estudo” é apenas a alma humana; e os “mistérios de Deus” a serem estudados pelo homem, é apenas o inconsciente humano.
Para mim, assim fica mais verdadeiro e mais prático.
Se eu passo a chamar a teologia de uma psicologia dos arquétipos do sagrado no homem, estou em muito melhor caminho do que quando pretendo que os estudos teológicos sejam sobre Deus.
Não! eles não são! Teologia é projeção do homem, apenas isto. Portanto, quem desejar se conhecer melhor um pouco, veja sua própria elaboração teológica, posto que a teologia é apenas a construção de um nicho psicológico no qual colocamos, de modo entronizado, a divindade que nós criamos. Esse é o último altar a ser derrubado!
Ora, o fato de eu ter sido criado à imagem e semelhança de Deus me dá um ponto de percepção de Deus em mim, mas ainda não é o conhecimento de Deus.
Daí a teologia ser apenas uma psicologia que toma os “arquétipos sagrados” e elabora uma “projeção de Deus” como se fosse uma revelação do próprio Deus.
É apenas em mim que eu conheço a Deus, mas não é à partir de mim, posto que a revelação do Deus que é, me silencia justamente porque não é uma elucubração minha.
O Deus elucubrável é apenas a minha psicologia transferida para Deus, pois não tenho coragem de dizer que quando falo Dele, estou, quase sempre, apenas falando de mim. 
Assim, eu enxergo melhor a mim mesmo quando eu me pergunto: Como eu sinto e interpreto Deus em mim?
Quando eu respondo sinceramente essa pergunta estou fazendo uma confissão de como eu projeto Deus. Ou seja: de como Deus é sentido à partir de mim. Mas quando eu não tenho nada a responder, estou, pelo silencio, fazendo a confissão que só pode fazer quem conhece a Deus, posto que todo aquele que o conhece sabe Dele apenas como aquele que é. Portanto, para além da discussão!
Ora, esse Deus que é, não agrada, porque não serve aos propósitos da teologia. Isto porque acerca Dele não há comentários a escrever. Esse Deus que é, não está em nenhum processo em-si. Ele é.
É sem dúvida que esse fato de se ter apenas o Deus que é, nos deixe muito desconfortáveis, posto que preferiríamos “um Deus em processo”; e, portanto, aberto para ser moldado por nós.
O Deus que é, todavia, é o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim. Ele é. E se Ele é, o que me cabe é amá-Lo. Não me cabe entendê-Lo. É meu dever crer Nele, não tentar dissecá-Lo.
Ora, esse Deus não estudável é insuportável, pois com Ele tem-se que viver exclusivamente pela fé.
De fato, só existe teologia porque não há conhecimento de Deus. E só existem as dogmáticas e as sistemáticas porque não há fé.
Mas não é a fé que fixa Deus. É Deus quem fixa a fé. Deus não decorre da fé, mas a fé sim, decorre de Deus.
Isto é temor do Senhor. E a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem!

Caio

 04/02/2006
Extraído de www.caiofabio.net

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Provérbios do Evangelho

Neste texto quando eu aludir a Consciente, referir-me-ei ao homem sensato; e quando falar do Tolo..., estarei falando do Insensato ou do Simples em sua ingenuidade patológica ou deliberada em razão de processos de auto-engano.

1.    O Consciente ouve toda verdadeira repreensão com temor grato, mas o Tolo sente-se ofendido por cada verdade que poderia ajudá-lo.
2.    O Consciente sente todas as dores deste mundo e com elas lava-se em doçuras, mas o Tolo extrai da dor apenas a amargura.
3.    O Consciente foge de toda luta que não seja pela vida, mas o Tolo faz de toda discordância uma questão de salvação do mundo.
4.    O Consciente sente para si e medita com paciência cada coisa, mas o Tolo levanta-se e age conforme o primeiro impulso.
5.    O Consciente ama a todos, mas o Tolo fica amigo de qualquer um que o trate bem naquela hora.
6.    O Consciente sabe que amizade é um trabalho de tecimento e tecelagem, mas o Tolo acha que uma boa bebedeira faz amigos.
7.    O Consciente vive e deixa viver, embora não negocie seus princípios jamais; mas o Tolo sente a obrigação de se impor sobre todos os diferentes.
8.    O Consciente faz o bem e se esquece, mas o Tolo o conta como currículo.
9.    O Consciente vive muito e fala pouco acerca de tudo o que já viu, mas para o Tolo toda primeira descoberta o torna o senhor de todos os saberes.
10.  O Consciente ama a todos, até aqueles de quem não goste; mas o Tolo ama apenas os que lhe agradam com consentimentos, e desgosta-se de todos os que não sejam como ele.
11.  O Consciente vê em cada outro humano um altar, mas o Tolo somente vê altares em lugares onde tijolos e pedras tenham sido erguidos.
12.  O Consciente sente a espera da Volta do Filho do homem todos os dias, mas o Tolo crê que poderá prever alguma coisa.
13.  O Consciente vê o mal e dele foge; mas o Tolo acha que é domador de demônios.
14.  O Consciente sabe que a cada semente corresponde seu próprio fruto, mas o Tolo crê que pode semear uma natureza e colher outra.
15.  O Consciente leva em consideração cada acusação que recebe e nelas medita, pois crê que delas possa tirar algum proveito, ainda que em silêncio; mas o Tolo perde a chance de se enxergar até nos exageros dos que o acusem.
16.  O Consciente sabe que sua melhor certeza ainda é parcial, mas o Tolo julga ter atingido o discernimento pleno.
17.  O Consciente pode esperar o tempo certo, mas o Tolo nunca perde uma oportunidade de ventar os seus impulsos e precipitações.
18.  O Consciente sabe que somente o trabalho contínuo e perseverante estabelece a credibilidade, mas o Tolo quer se tornar sábio e respeitado da noite para o dia.
19.  O Consciente é tentado e não se julga forte para dialogar com a tentação, mas o Tolo a leva para casa e lhe serve chá, julgando que poderá educá-la.
20.  O Consciente sabe que seu pior diabo é a sua cobiça, mas o Tolo atribui ao Diabo externo todas as culpas.
21.  O Consciente pode morrer sozinho, mas se saberá acompanhado e dignificado pela presença de anjos, mas o Tolo quer ter um cerimonial até para morrer.
22.  O Consciente se satisfaz com a serenidade de seu ser, mas o Tolo somente é feliz se não houver nele nenhuma serenidade.
23.  O Consciente não se obriga pelos caprichos de nenhuma maioria, mas o Tolo somente anda conforme os ditames majoritários.
24.  O Consciente mede e discerne o peso de sua importância na vida, mas sabe que ela sempre será relativa; porém o Tolo julga que sem ele tudo o que foi feito não permanecerá.
25.  O Consciente confia no vento e no seu poder incontrolável de espalhar sementes, mas o Tolo acha que se ele não industrializar o plantio..., sua existência não será produtiva.
26.    O Consciente vive pela fé; o Tolo, porém, vive do que ele ache que possa controlar ou manipular.
27.    O Consciente nunca não vai com a cara de alguém apenas por não ir, mas o Tolo desgosta de tudo e todos que lhe pareçam concorrência.
28.    O Consciente sabe que deve amar a todos, embora tenha o privilégio de gostar de muitos; mas para o Tolo amor só se deve ter por quem se gosta pela concordância.
29.    O Consciente sabe que toda vingança aumenta o mal muitas vezes mais, e, por isto, nunca recorre a ela; mas o Tolo prefere acabar o mundo a não vazar seu ódio como vingança.
30.    O Consciente somente gosta de ganhar em parceria, mas o Tolo quer sempre ganhar sozinho.
31.    O Consciente vive para fazer fácil a vida, mas o Tolo ama as complexidades.
32.    O caminho do Consciente fica dia a dia mais simples, mas o caminho do Tolo vai se tornando um labirinto.
33.    O Consciente cresce em todas as tribulações, mas o Tolo lamuria e cresce em desconfiança em cada uma delas.
34.    O Consciente transforma traumas em lições, mas o Tolo os alimenta como álibis.
35.    O Consciente não despreza nada e a tudo pondera, mas o Tolo elege as suas fontes.
36.    O Consciente não vê em ninguém um competidor, mas apenas mais um auxilio; o Tolo, porém, vê em cada outro dom uma ameaça à sua vida e pregresso.
37.    O Consciente foge da justiça dos homens, e busca conciliação pacifica; mas o Tolo ama os tribunais.
38.    O Consciente aposta no trabalho, mas o Tolo aposta no jogo.
39.    A Conquista do Consciente permanece, posto que seja de natureza espiritual, e, portanto, não passageira; mas o ganho miraculoso do Tolo desvanece-se antes do proveito.
40.    O Consciente ama a simplicidade dos simples e a calma dos idosos, mas o Tolo apenas dá atenção ao que lhe possa auferir ganhos de alguma forma no instante.
41.    O Consciente ama o mandamento da Vida, mas o Tolo acha tudo uma obrigação.
42.    O Consciente busca renovar-se todos os dias, mas o Tolo busca adaptar-se todos os dias.  
43.    O Consciente crescerá em consciência...
44.    O Tolo viciar-se-á em seus modos, e neles morrerá...; a menos que se converta à verdade que liberta a mente para aprender a sabedoria.

Nele, Jesus, de Quem aprendi que todas as coisas acima são Provérbios da Vida no Evangelho, deixo estes pequenos provérbios a fim de ajudar a simplificar o seu entendimento quanto ao fato de que a vida é conforme a semente,

Caio
2 de agosto de 2009
Lago Norte
Brasília - DF

Extraído de www.caiofabio.net

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