E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)





segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SÓ DE SACANAGEM

Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?


Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.


Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?


Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?


É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.


Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.


Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.


Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."


Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
 


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

OS NEPHILIM ESTÃO FAZENDO OS SEUS EXPERIMENTOS!



O livro de Gênesis nos diz no capitulo quatro que o Dilúvio foi causado por uma interferência alienígena na natureza do homem e das criaturas, as quais corromperam o seu caminho natural.

Os Benai Elohim [os filhos de Deus], termos somente usado no VT para designar anjos [como é também o caso no Livro de Jó], tomaram mulheres dos melhores genes e da mais elevada estética feminina, e as usaram para procriação, gerando os Nephilim [que significa os que caíram]; os quais se tornaram os Gigantes da Antiguidade, conforme registro não apenas bíblico, mas também presente nos mitos de quase todos os povos antigos, dos Nazca aos Gregos e Chineses.

Aquele mundo foi afogado em razão disso, segundo a Bíblia.

Entretanto, mais adiante, vê-se na narrativa bíblica que tais filhos dos gigantes continuaram vivos na Terra, conforme se vê em Números, Juizes, Deuteronômio, Josué, nos livros de Samuel e nos escritos chamados Reis.

Quando se diz que os homens de Davi mataram os últimos que havia na terra de Israel, logo se diz: “Então Satanás atacou Israel!...”.

Quando escrevi o meu livro Nephilim, embora fazendo uma ficção, também queria alertar para o fato que os Nephilim estão vivos hoje; e mais: buscando o que sempre buscaram: alterar o homem na Terra.

Hoje, entre tantos outros meios que não apenas a “abdução”, eles usarão cada vez a ciência genética e as tecnologias de nano implante e outros derivados, a fim de, em não muito tempo, terem fabricado o Novo Homem: com o cérebro controlado, com os genes programados, e com os poderes mentais alimentados por chips de memória.

Chegará a hora em que um homem sem alterações nephilimico genéticas e bio-cibernéticas não terá espaço, trabalho ou respeito.

O Novo Homem será filho da tecnologia dos Nephilim e dos maiores avanços da ciência humana, que, de totalmente humana, tem pouca coisa; posto que se fundamente na intenção de controle e manipulação da natureza essencial do homem e da criação,  buscando eliminar todas as lindas imperfeições que nela existam.

Ora, creio que o Cordeiro de Deus foi imolado antes de haver criação como a conhecemos, pois, o caminho da vida não é o da perfeição, mas o caminho lindo das imperfeições que já nascem redimidas e que se transformam em bens de Deus para a vida.

Assim, o Cordeiro Imolado antes de tudo, é também a garantia do perdão a todas as imperfeições da existência, das genéticas e biológicas às imperfeições do caminho humano.

Olho à minha volta e vejo a crescente obsessão humana em controle e cura pela ciência dos implantes e de aumento do poder do homem, tanto na mente como nas funções orgânicas, as quais serão alteradas em nome da “perfeição”.

Logo se verá o tamanho da armadilha...

Entretanto, haverá o tempo quando um humano in natura será uma aberração.

Afinal, o que nos aguarda é um mundo no qual as estatuas falarão.

Pense nisso!

Caio
27 de fevereiro de 2009
Lago Norte
Brasília-DF

Extraído www.caiofabio.net 

domingo, 19 de setembro de 2010

A mudança que vem de dentro

Comumente as pessoas têm por hábito depositar suas expectativas, anseios, esperanças e carências em sistemas criados pelo próprio homem.
Há aqueles que esperam um mundo melhor dentro das religiões - cristianismo e islamismo principalmente - outros tantos acreditam que a política será capaz desse feito, ou então o socialismo ou mesmo o "capitalismo sustentável". O fato é que diversas bandeiras são levantadas como sendo a melhor opção de um mundo melhor sem que, imperceptivelmente, a defesa de tais bandeiras, via de regra, só pioram a situação de convivência humana, visto que, a realização de tal defesa traz consigo a intolerância para com o outro, o diferente.
Se a defesa por um mundo melhor tem como premissa a guerra contra o diferente, então, o melhor mundo que pode haver é o da constante catástrofe.
Não é possível estender a mão para o outro a fim de ajudá-lo, se mãos e mente se ocupam na defesa da tese crida. 
A mudança do mundo começa sempre a partir da mudança do indivíduo, a medida em que ele decide crescer como sujeito, deixando de lado todas as disputas pelas mesquinharias humanas, e, dando valor aquilo que produz o bem para si próprio e para àqueles que estão à sua volta.
Nenhum sistema pode produzir o bem humano que está sob o seu poder realizar. Basta largar as bandeiras e agir. 

José Saramago - Falsa democracia

domingo, 12 de setembro de 2010

Eu prometo ! (Por Flávio Siqueira)


Tem muita gente que gosta de dizer que o Horário Politico é o melhor programa de humor da TV e do rádio.
Em parte concordo: Aqueles caras, aquelas caras, o que dizem e não dizem enquanto falam. Confesso que últimamente é a única coisa que me faz rir diante da TV.

Mas depois de achar graça, eu paro pra pensar por que é assim.

Mudanças e revoluções são vendidas como se as coisas só estivessem como estão, porque ele(a) ainda não tinha sido eleito.

Pior são aqueles de sempre. As mesmas caras e sorrisinhos amarelos. As ruas sujas, os cartazes, a propaganda nas mídias eletrônicas. Os mesmos topetes, tchauzinhos, olhares e promessas, sobretudo a mesma cara de pau em “pedir seu voto para continuar o importante trabalho que estamos realizando”. E o pior: Eles sempre voltam.

E por que é assim ? Porque nós queremos.

Pense: E se um candidato disser a verdade? E se ele aparecer na TV ou no rádio dizendo que as coisas são difíceis, que vai tentar mas não quer prometer. Que reconhece a barra que será conseguir espaço para trabalhar em favor dos eleitores, mas que , acima de qualquer promessa, oferece seu melhor espírito além de todo empenho para que as coisas funcionem.

Alguém com esse discurso seria eleito ?

Não é só o sistema politico que é construido em cima de mentiras e discursos vazios. Em algum ponto ficamos todos a mercê desse mesmo vírus.

Veja as frases que seus amigos colocam no msn. Veja os e-mails corrente que se espalham por aí. O que dizer dos discursos religiosos, políticos, auto ajuda, corporativos, etc…

Vivemos em um mundo onde pensar é pecado. Vivem nos dizendo que não podemos olhar para fora da caverna e que tudo o que devemos fazer é trabalhar, ganhar dinheiro, comprar e nos entreter, afinal, a morte é a única certeza da vida.

Quem quer ir mais longe? Quem quer saber mais? Vale a pena enxergar?
Entre a pílula azul e vermelha do Matrix, ficamos com a azul. Melhor não saber. Ai de quem enxerga.
Somos nós os culpados pelo que os políticos prometem. Eles apenas nos refletem.
É nossa a responsabilidade de tanta cegueira. Fomos nós que quisemos assim.

Quem quer mudar o mundo todo a partir do seu próprio mundo ?

Você quer?

sábado, 4 de setembro de 2010

Senso de Assombro

Muitos anos antes da sua morte, um notável rabino, Abraham Joshua Heschel, sofreu um ataque do coração quase fatal.
Seu melhor amigo estava ao lado de seu leito. Heschel estava tão fraco que só conseguiu sussurrar:
- Sam, sou grato pela minha vida, por todos os momentos que vivi. Estou pronto para partir. Vi tantos milagres na minha vida.
O velho rabino ficou esgotado pelo esforço em falar. Depois de uma longa pausa ele disse:
- Sam, nunca na minha vida pedi a Deus sucesso, sabedoria, poder ou fama. Pedi assombro, e ele me concedeu. Pedi assombro, e ele me concedeu. Um burguês sem imaginação irá cutucar o nariz diante de uma pintura de Claude Monet; uma pessoa cheia de assombro ficará ali em pé tentando segurar as lágrimas.
De modo geral, o mundo perdeu o senso de assombro. Crescemos. Já não perdemos o fôlego diante de um arco-íris ou do perfume de uma rosa, como acontecia antes. Ficamos maiores e todo o resto ficou menor, menos impressionante. Tornamo-nos apáticos, sofisticados e cheios da sabedoria do mundo. Não deslizamos mais os dedos sobre a água, não gritamos mais para as estrelas nem fazemos para a lua. Água é H2O, as estrelas foram classificadas e a lua não é feita de queijo.
... hoje cremos que todos os mistérios podem ser resolvidos, e que todo assombro não passa do "efeito que o novo imprime sobre a ignorância". Certamente o novo é capaz de nos impressionar: um ônibus espacial, o jogo mais recente de computador, a fralda mais macia. Até amanhã, até que o novo se torne velho, até que a maravilha de ontem seja descartada ou tomada como coisa certa. Não é de admirar que o rabino Heschel tenha concluído: "À medida que a civilização avança. o senso de assombro declina".

Extraído do livro "O evangelho mal trapilho" de Brennan Manning.

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