Experimentar a transformação total do Ser através da Graça de Deus é algo que só será possível na eternidade, quando houver a transformação de nossa natureza pecaminosa em natureza de glória. É a plenitude do processo de salvação.
Creio que nossa caminhada aqui na terra é uma constante luta contra sentimentos e sugestões que nos afastam desse alvo. Um deles é a mágoa.
É como um grito silencioso e traiçoeiro; fruto da carne, capaz de nos distanciar da novidade de espírito e trazer uma sequidão sem medida para nosso ser. A mágoa é como um câncer que corrói, impedindo totalmente de vivermos o principal mandamento: Amar.
Mas hoje aqui prefiro afogá-la no oceano do amor de Deus. E o que diria do amor, se Paulo o faz tão bem em sua carta aos Coríntios? Prefiro então falar de um dos resultados desse amor: O perdão. O perdão advindo do amor é como um toque de refrigério na sequidão provocada pela mágoa. É como se um rio brotasse no meio do deserto sem vida e, à medida que ele fosse formando seu leito, destruísse toda morte. Aos olhos de muitos, pedir perdão nos faz menos "homens" e coloca toda nossa "honra" em questionamento. Mas eu questiono: não são os "homens honrados" de hoje em dia que produzem desonra para o verdadeiro sentido de "ser" humano?
Prefiro não ver sob a miopia dessa visão; afinal, "perdoais nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores."
Como dizia no início, a plenitude da Graça é algo possível somente na eternidade, contudo, quando pela fé passamos a vivenciá-la, Deus nos possibilita momentos que nos dão parte da dimensão do quão inefável será a sua completa realização em nossas vidas. Ser perdoado e perdoar nos proporciona isto.
Perdão é um dos elementos advindos do amor de Deus que nos faz, a cada dia, sermos mais próximos e íntimos Dele e daqueles que amamos.
H. Diniz
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