Há dois anos atrás quando minha filha nascia, a menina Isabela morria, vítima de um homicídio, conforme julgamento há alguns dias atrás.
Eu creio que pessoas que cometem erros devem pagar por eles de maneira que este "pagamento" deva ser algo suficiente para a reflexão do indivíduo e se possível sua recuperação de consciência.
Creio dever ser assim, muito embora duvide que com as condições de prisão que existem no Brasil isso provavelmente de fato ocorrerá.
Mas há algo que de fato me chama a atenção que é a reação popular após o julgamento. A pergunta que me faço é se o espírito destes que freneticamente comemoraram a condenação do casal - como se fosse título de copa do mundo - que quase capotaram o ônibus que levava o casal para o presídio e que picharam a casa dos pais de Alexandre, não é o mesmo espírito homicída e violento de que se valeu Alexandre e Anna ao dar cabo de Isabela? Não enxergo diferenças.
Li certa vez que o contrário de injustiça não é justiça, mas sim amor, porque toda justiça que se realiza sem amor trata-se de vingança.
A reportagem abaixo me deixa a sensação de que muitos se sentiram vingados.
G1 O Portal de Notícias da Globo
27/03/10 - 14h18 - Atualizado em 27/03/10 - 14h22
Casa de pais de Alexandre Nardoni é pichada
A frente da casa dos pais de Alexandre Nardoni amanheceu pichada neste sábado (27). As mensagens faziam referências à condenação de Alexandre e Anna Jatobá pela morte de Isabella, em março de 2008.
As famílias de Alexandre e Anna saíram do Fórum de Santana na madrugada deste sábado sem dar entrevistas. Eles não quiseram falar com jornalistas durante a manhã. Em Guarulhos, a família de Anna Jatobá também se manteve em silêncio. No fim do julgamento, que começou na segunda-feira (22), o pai de Alexandre, Antônio Nardoni, começou a chorar assim que viu o filho e a nora voltarem algemados para a leitura da sentença. Após a condenação, o juiz permitiu que os parentes se despedissem do casal. Quando abraçou a família, Alexandre também chorou. Os condenados foram levados até Tremembé, onde estão presos em penitenciárias diferentes, durante a madrugada. O caminhão que trouxe Alexandre chegou ao presídio por volta das 3h escoltado por carros da polícia militar; o comboio de Anna chegou dez minutos depois.
Extraído de http://www.globo.com/
link: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MRP1547468-15528,00.html
E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. (F. Nietzsche)
segunda-feira, 29 de março de 2010
Perdão
Experimentar a transformação total do Ser através da Graça de Deus é algo que só será possível na eternidade, quando houver a transformação de nossa natureza pecaminosa em natureza de glória. É a plenitude do processo de salvação.
Creio que nossa caminhada aqui na terra é uma constante luta contra sentimentos e sugestões que nos afastam desse alvo. Um deles é a mágoa.
É como um grito silencioso e traiçoeiro; fruto da carne, capaz de nos distanciar da novidade de espírito e trazer uma sequidão sem medida para nosso ser. A mágoa é como um câncer que corrói, impedindo totalmente de vivermos o principal mandamento: Amar.
Mas hoje aqui prefiro afogá-la no oceano do amor de Deus. E o que diria do amor, se Paulo o faz tão bem em sua carta aos Coríntios? Prefiro então falar de um dos resultados desse amor: O perdão. O perdão advindo do amor é como um toque de refrigério na sequidão provocada pela mágoa. É como se um rio brotasse no meio do deserto sem vida e, à medida que ele fosse formando seu leito, destruísse toda morte. Aos olhos de muitos, pedir perdão nos faz menos "homens" e coloca toda nossa "honra" em questionamento. Mas eu questiono: não são os "homens honrados" de hoje em dia que produzem desonra para o verdadeiro sentido de "ser" humano?
Prefiro não ver sob a miopia dessa visão; afinal, "perdoais nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores."
Como dizia no início, a plenitude da Graça é algo possível somente na eternidade, contudo, quando pela fé passamos a vivenciá-la, Deus nos possibilita momentos que nos dão parte da dimensão do quão inefável será a sua completa realização em nossas vidas. Ser perdoado e perdoar nos proporciona isto.
Perdão é um dos elementos advindos do amor de Deus que nos faz, a cada dia, sermos mais próximos e íntimos Dele e daqueles que amamos.
H. Diniz
Creio que nossa caminhada aqui na terra é uma constante luta contra sentimentos e sugestões que nos afastam desse alvo. Um deles é a mágoa.
É como um grito silencioso e traiçoeiro; fruto da carne, capaz de nos distanciar da novidade de espírito e trazer uma sequidão sem medida para nosso ser. A mágoa é como um câncer que corrói, impedindo totalmente de vivermos o principal mandamento: Amar.
Mas hoje aqui prefiro afogá-la no oceano do amor de Deus. E o que diria do amor, se Paulo o faz tão bem em sua carta aos Coríntios? Prefiro então falar de um dos resultados desse amor: O perdão. O perdão advindo do amor é como um toque de refrigério na sequidão provocada pela mágoa. É como se um rio brotasse no meio do deserto sem vida e, à medida que ele fosse formando seu leito, destruísse toda morte. Aos olhos de muitos, pedir perdão nos faz menos "homens" e coloca toda nossa "honra" em questionamento. Mas eu questiono: não são os "homens honrados" de hoje em dia que produzem desonra para o verdadeiro sentido de "ser" humano?
Prefiro não ver sob a miopia dessa visão; afinal, "perdoais nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores."
Como dizia no início, a plenitude da Graça é algo possível somente na eternidade, contudo, quando pela fé passamos a vivenciá-la, Deus nos possibilita momentos que nos dão parte da dimensão do quão inefável será a sua completa realização em nossas vidas. Ser perdoado e perdoar nos proporciona isto.
Perdão é um dos elementos advindos do amor de Deus que nos faz, a cada dia, sermos mais próximos e íntimos Dele e daqueles que amamos.
H. Diniz
A loucura da Cruz e o escândalo da Graça - para os cristãos - por Caio Fábio
Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós; pudera eu estar presente convosco e falar em outro tom de voz; porque me vejo perplexo a vosso respeito!
Paulo, aos cristãos na Galácia 4:19-20
A Graça é hoje a mais escandalosa de todas as mensagens cristãs! No entanto, também é a única que existe! É a loucura da Cruz! E o mais “louco” disso é que nada disso deveria ser louco para nós e nem fonte de escândalo, posto que essa mensagem seja o próprio Ensino e Vida de Jesus. É o espírito do Evangelho! Mas, incrivelmente, estranhamos a Graça de Jesus, nos assustamos com ela e aceitamos um enredo de perversões da Mensagem que é muito mais assustador que qualquer Loucura!
Sinceramente, quem não percebe que atualmente nosso Cristianismo é, quase sempre, a repetição dos mesmos conteúdos contra os quais Jesus, os profetas do Antigo Testamento, Paulo, os apóstolos e a Palavra se levantam nas Escrituras?
Hoje as pessoas se convertem à “igreja”, não a Cristo! É por essa razão que os conteúdos do Evangelho de Jesus estão tão adulterados entre nós. E pior, parecemos estar com os sentidos embotados para esta percepção, de modo que o que hoje se vê é uma caricaturização de Jesus. O Jesus que nos foi apresentado é um composer do Jesus da "igreja", o qual é moldado para ficar "parecido" com o grupo religioso ao qual a pessoa pertence. Portanto, o Jesus da “igreja”, na maioria das vezes, é uma fabricação feita para validar as teses do grupo. E tal “Jesus” não faz nada de bom ou de mal que qualquer outro condicionamento mental, psicológico e cultural também não realize. A leitura que fazemos do Evangelho é uma adaptação. E é também num “Jesus de terceira ou quarta mão” que a maioria das pessoas crê!
Posso asseverar, com convicção e tristeza, que na igreja evangélica atual, primeiro a pessoa tem que ser salva do Jesus inventado. Primeiro precisa ser salva do Jesus dos “evangélicos” a fim de conhecer o Jesus do Evangelho.
É exagero tal dedução? Então, permita-se uma reflexão honesta. E se Paulo estivesse presente num ano eleitoral no Brasil? Se visse e soubesse de todas as negociações de almas-votos que são feitas em Nome de Jesus? E se assistisse pela televisão à venda de todos os significados cristãos em objetos de energia espiritual pagã? E se visitasse uma “igreja” e assistisse às filas de pessoas para andarem sobre sal grosso ou para mergulharem em águas tonificadas do Jordão e a passarem pela Cruz de Jesus a fim de ganharem um carro zero, como pagamento pela sua crença? E se ele soubesse agora que a fé é um sacrifício que se expressa como dízimos, como troca de bênçãos por dinheiro, “sacrificados” no altar-bolso dos pastores, em longas novenas e correntes as mais mirabolantes?
O que enojaria Paulo seria ver pastores oferecendo o “sangue do Cordeiro” a fim de ungir a casa de trás para frente e da frente para trás. O “Sangue do Cordeiro” não é mais o que Jesus fez na Cruz, mas passou a ser um fetiche, uma mágica de bruxos, uma blasfêmia, um estelionato satânico dos símbolos de uma Verdade com a qual não se brinca impunemente.
A carta aos Hebreus foi escrita por muito menos! O escritor dela diria que estão brincando com fogo ardente e consumidor, e crucificando o Filho de Deus não apenas uma segunda vez, mas todos os dias — fazendo de Jesus um produto de troca. Sim! Aquilo que custou o alto preço de Seu sangue, para que nos fosse gratuito, agora é mercadoria a ser vendida pelos camelôs do engano, em repetidos sacrifícios e indulgências!
Admira-me que estejais passando tão depressa Daquele que vos chamou na Graça de Cristo para outro evangelho...
Paulo aos Gálatas 1:6
Meu Deus, e se Paulo visse?!... Sim, se Paulo nos visitasse? Que epístola nos escreveria?
Veria aturdido o regresso da fé evangélica aos tempos dos cultos feitos a Baal e às imagens de escultura. Àquele tempo onde nem sombra ainda havia das sombras das coisas que haviam de vir — coisas que, inclusive, perderam a simbolização em razão de Jesus haver sido o cumprimento de todas elas.
Ser evangélico, para o Apóstolo, significava ter compromisso de fé e vida com o Evangelho de Jesus. Hoje, ser “evangélico” é pertencer a uma instituição religiosa que roubou o direito autoral do termo e se utiliza dele praticando um terrível “estelionato” de símbolos, histórias, mensagens e ilustrações.
Hoje, de maneira geral, quando um evangélico “evangeliza”, ele o faz a fim de que a “igreja” cresça como poder visível. Ou seja, “evangelização” significa crescimento numérico sob o pretexto de salvar as almas do inferno.
Quando Paulo evangelizava, isso significava levar as pessoas à consciência da Graça salvadora de Jesus e da possibilidade da experiência da liberdade-salvadora, tanto na vida pessoal como também na comunitária. O resultado, portanto, não é o surgimento de um número a mais para as estatísticas celestiais, mas uma nova criatura que o Espírito da Graça, em Cristo, faz nascer no Novo Homem!
Desse modo, se Paulo estivesse vivo hoje, provavelmente, ele nos diria que nós ainda não somos convertidos, pois voltamos atrás e aderimos aos conteúdos que negam a Cruz de Cristo!
A doutrina do Purgatório é uma verdade existencial para todos os cristãos — incluindo os protestantes e evangélicos! E por quê? Ora, dizemo-nos “salvos” pela Graça na chegada. Daí em diante somos “santificados” pela Lei (ou por nossas Listas, o que é a mesma coisa na intenção). Porém, tal “santificação” anula a Graça, pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente. “Se é pela GRAÇA, já não é mais pelas obras; se fosse, a GRAÇA já não seria GRAÇA”, então ficamos num purgatório existencial sobre a Terra, pois nem nos tornamos verdadeiros filhos da Graça e nem nos entregamos aos rigores da Lei com honestidade. Ao contrário, fazemos o malabarismo de tentar conter o Vinho da Nova Aliança nos odres da Antiga, que se tornaram extintos e obsoletos.
Assim, não usufruímos nem a saúde nem a paz que vem da Graça e, tampouco, conseguimos viver pela Lei. Ou seja, vivemos em permanente estado de transgressão e culpa.
E quanto mais nós existimos nesse “purgatório”, mais orgulhosos, raivosos, arrogantes e mal-humorados nos tornamos, pois, no coração temos consciência de que não somos nem uma coisa nem outra: nem Gente da Graça e nem tampouco o Povo da Lei.
Jesus, porém, não veio ao mundo para criar um Circo, em alguns casos; uma Penitenciária, conforme outros; um Hospício, como acontece cada vez mais, ou um Estado Soberano como o Vaticano Católico e os “vaticaninhos” dos outros grupos cristãos.
Em Cristo, não temos que ser pré-condicionados por nada que não seja o fundamento dos Apóstolos e Profetas, cuja Pedra Angular responde pelo nome histórico de Jesus de Nazaré.
Quanto à igreja cristã, sabemos que ela não deixará de crescer em número e em poder terreno. Não. Seus templos estarão cheios e seu fervor religioso pode até aumentar. Mas saiba que esse nosso Cristianismo não terá qualquer mensagem do Evangelho a pregar para as próximas gerações (com suas complexidades psicológicas e espirituais), a menos que se converta radicalmente à Graça, não como uma doutrina-teológico-moral, mas como a essência de nossa relação com Deus, com o próximo e com o nosso próprio ser!
Nossa esperança é a possibilidade de que Ele ainda venha a gerar consciências libertas do medo de ser e podendo experimentar a Graça de viver em Cristo, sem os temores que hoje são tão bem administrados pela “igreja”, na sua obsessão de ser a “conquistadora” do mundo e de seus poderes — incluindo almas humanas —, embora não ajude as pessoas a terem uma alma para gozar a vida em Deus e Deus na vida, ainda na Terra, pois o “Jesus” da “igreja” veio para que tenhamos medo, e medo em abundância!
Extraído de http://www.caiofabio.net/
Paulo, aos cristãos na Galácia 4:19-20
A Graça é hoje a mais escandalosa de todas as mensagens cristãs! No entanto, também é a única que existe! É a loucura da Cruz! E o mais “louco” disso é que nada disso deveria ser louco para nós e nem fonte de escândalo, posto que essa mensagem seja o próprio Ensino e Vida de Jesus. É o espírito do Evangelho! Mas, incrivelmente, estranhamos a Graça de Jesus, nos assustamos com ela e aceitamos um enredo de perversões da Mensagem que é muito mais assustador que qualquer Loucura!
Sinceramente, quem não percebe que atualmente nosso Cristianismo é, quase sempre, a repetição dos mesmos conteúdos contra os quais Jesus, os profetas do Antigo Testamento, Paulo, os apóstolos e a Palavra se levantam nas Escrituras?
Hoje as pessoas se convertem à “igreja”, não a Cristo! É por essa razão que os conteúdos do Evangelho de Jesus estão tão adulterados entre nós. E pior, parecemos estar com os sentidos embotados para esta percepção, de modo que o que hoje se vê é uma caricaturização de Jesus. O Jesus que nos foi apresentado é um composer do Jesus da "igreja", o qual é moldado para ficar "parecido" com o grupo religioso ao qual a pessoa pertence. Portanto, o Jesus da “igreja”, na maioria das vezes, é uma fabricação feita para validar as teses do grupo. E tal “Jesus” não faz nada de bom ou de mal que qualquer outro condicionamento mental, psicológico e cultural também não realize. A leitura que fazemos do Evangelho é uma adaptação. E é também num “Jesus de terceira ou quarta mão” que a maioria das pessoas crê!
Posso asseverar, com convicção e tristeza, que na igreja evangélica atual, primeiro a pessoa tem que ser salva do Jesus inventado. Primeiro precisa ser salva do Jesus dos “evangélicos” a fim de conhecer o Jesus do Evangelho.
É exagero tal dedução? Então, permita-se uma reflexão honesta. E se Paulo estivesse presente num ano eleitoral no Brasil? Se visse e soubesse de todas as negociações de almas-votos que são feitas em Nome de Jesus? E se assistisse pela televisão à venda de todos os significados cristãos em objetos de energia espiritual pagã? E se visitasse uma “igreja” e assistisse às filas de pessoas para andarem sobre sal grosso ou para mergulharem em águas tonificadas do Jordão e a passarem pela Cruz de Jesus a fim de ganharem um carro zero, como pagamento pela sua crença? E se ele soubesse agora que a fé é um sacrifício que se expressa como dízimos, como troca de bênçãos por dinheiro, “sacrificados” no altar-bolso dos pastores, em longas novenas e correntes as mais mirabolantes?
O que enojaria Paulo seria ver pastores oferecendo o “sangue do Cordeiro” a fim de ungir a casa de trás para frente e da frente para trás. O “Sangue do Cordeiro” não é mais o que Jesus fez na Cruz, mas passou a ser um fetiche, uma mágica de bruxos, uma blasfêmia, um estelionato satânico dos símbolos de uma Verdade com a qual não se brinca impunemente.
A carta aos Hebreus foi escrita por muito menos! O escritor dela diria que estão brincando com fogo ardente e consumidor, e crucificando o Filho de Deus não apenas uma segunda vez, mas todos os dias — fazendo de Jesus um produto de troca. Sim! Aquilo que custou o alto preço de Seu sangue, para que nos fosse gratuito, agora é mercadoria a ser vendida pelos camelôs do engano, em repetidos sacrifícios e indulgências!
Admira-me que estejais passando tão depressa Daquele que vos chamou na Graça de Cristo para outro evangelho...
Paulo aos Gálatas 1:6
Meu Deus, e se Paulo visse?!... Sim, se Paulo nos visitasse? Que epístola nos escreveria?
Veria aturdido o regresso da fé evangélica aos tempos dos cultos feitos a Baal e às imagens de escultura. Àquele tempo onde nem sombra ainda havia das sombras das coisas que haviam de vir — coisas que, inclusive, perderam a simbolização em razão de Jesus haver sido o cumprimento de todas elas.
Ser evangélico, para o Apóstolo, significava ter compromisso de fé e vida com o Evangelho de Jesus. Hoje, ser “evangélico” é pertencer a uma instituição religiosa que roubou o direito autoral do termo e se utiliza dele praticando um terrível “estelionato” de símbolos, histórias, mensagens e ilustrações.
Hoje, de maneira geral, quando um evangélico “evangeliza”, ele o faz a fim de que a “igreja” cresça como poder visível. Ou seja, “evangelização” significa crescimento numérico sob o pretexto de salvar as almas do inferno.
Quando Paulo evangelizava, isso significava levar as pessoas à consciência da Graça salvadora de Jesus e da possibilidade da experiência da liberdade-salvadora, tanto na vida pessoal como também na comunitária. O resultado, portanto, não é o surgimento de um número a mais para as estatísticas celestiais, mas uma nova criatura que o Espírito da Graça, em Cristo, faz nascer no Novo Homem!
Desse modo, se Paulo estivesse vivo hoje, provavelmente, ele nos diria que nós ainda não somos convertidos, pois voltamos atrás e aderimos aos conteúdos que negam a Cruz de Cristo!
A doutrina do Purgatório é uma verdade existencial para todos os cristãos — incluindo os protestantes e evangélicos! E por quê? Ora, dizemo-nos “salvos” pela Graça na chegada. Daí em diante somos “santificados” pela Lei (ou por nossas Listas, o que é a mesma coisa na intenção). Porém, tal “santificação” anula a Graça, pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente. “Se é pela GRAÇA, já não é mais pelas obras; se fosse, a GRAÇA já não seria GRAÇA”, então ficamos num purgatório existencial sobre a Terra, pois nem nos tornamos verdadeiros filhos da Graça e nem nos entregamos aos rigores da Lei com honestidade. Ao contrário, fazemos o malabarismo de tentar conter o Vinho da Nova Aliança nos odres da Antiga, que se tornaram extintos e obsoletos.
Assim, não usufruímos nem a saúde nem a paz que vem da Graça e, tampouco, conseguimos viver pela Lei. Ou seja, vivemos em permanente estado de transgressão e culpa.
E quanto mais nós existimos nesse “purgatório”, mais orgulhosos, raivosos, arrogantes e mal-humorados nos tornamos, pois, no coração temos consciência de que não somos nem uma coisa nem outra: nem Gente da Graça e nem tampouco o Povo da Lei.
Jesus, porém, não veio ao mundo para criar um Circo, em alguns casos; uma Penitenciária, conforme outros; um Hospício, como acontece cada vez mais, ou um Estado Soberano como o Vaticano Católico e os “vaticaninhos” dos outros grupos cristãos.
Em Cristo, não temos que ser pré-condicionados por nada que não seja o fundamento dos Apóstolos e Profetas, cuja Pedra Angular responde pelo nome histórico de Jesus de Nazaré.
Quanto à igreja cristã, sabemos que ela não deixará de crescer em número e em poder terreno. Não. Seus templos estarão cheios e seu fervor religioso pode até aumentar. Mas saiba que esse nosso Cristianismo não terá qualquer mensagem do Evangelho a pregar para as próximas gerações (com suas complexidades psicológicas e espirituais), a menos que se converta radicalmente à Graça, não como uma doutrina-teológico-moral, mas como a essência de nossa relação com Deus, com o próximo e com o nosso próprio ser!
Nossa esperança é a possibilidade de que Ele ainda venha a gerar consciências libertas do medo de ser e podendo experimentar a Graça de viver em Cristo, sem os temores que hoje são tão bem administrados pela “igreja”, na sua obsessão de ser a “conquistadora” do mundo e de seus poderes — incluindo almas humanas —, embora não ajude as pessoas a terem uma alma para gozar a vida em Deus e Deus na vida, ainda na Terra, pois o “Jesus” da “igreja” veio para que tenhamos medo, e medo em abundância!
Extraído de http://www.caiofabio.net/
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